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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Amor de mãe

Esta história é verdadeira. Aconteceu há muito tempo. Quem me contou ouviu de alguém que testemunhou o fato.

          Era uma senhora com vários filhos que enviuvou logo depois do nascimento do caçulinha. Trabalhava como lavadeira, e passou a trabalhar ainda mais já que agora precisava cuidar sozinha da prole.
          Na região onde morava havia uma família que, se não era rica, estava muito bem de vida.
          Aquelas pessoas adoravam o bebê, saudável e gracioso, da lavadeira. Então um dia pediram para passar alguns dias com ele, que o tratariam muito bem.
          Ela concordou porque confiava naquela família. Além disso seria, durante algum tempo, uma preocupação a menos. E uma despesa a menos.
          No dia combinado ela foi buscá-lo, mas em vez de trazerem o bebê a levaram para o quarto onde ele estava.
          A lavadeira ficou admirada com o luxo do lugar. Seu filho estava dormindo em um bercinho maravilhoso. Suas roupinhas haviam sido trocadas por outras, muito melhores e mais bonitas.
          Então veio a proposta:
           “Por que a senhora não dá pra gente o seu nenê? Está vendo como ele está sendo bem tratado? Se ficar aqui conosco ele terá tudo do bom e do melhor. Quando crescer vai estudar e vai ter um futuro muito melhor do que a senhora pode lhe dar. Além disso é uma boca a menos na sua casa. Sobrará mais para os seus outros filhos.”
          A lavadeira ficou paralisada. Nunca pensara em se separar de filho nenhum, nem nos momentos de maior desespero. Era um absurdo tão grande que ela não tinha palavras pra responder. A outra continuou:
           “Pense bem. É bom pra todo mundo. Para nós, que gostamos tanto do seu filho, será uma felicidade tê-lo aqui para sempre! Para a senhora, que vai ficar mais aliviada, vai ser bom também. Para os outros filhos nem se fala, que vão ter mais do que têm agora. E principalmente para o nenê, que a gente vai criar como se fosse nosso. Ele nem precisa ficar sabendo que é adotado, porque a senhora ainda não registrou. O maior beneficiado será ele. Está nas suas mãos dar-lhe um futuro.”
          A lavadeira olhava, olhava, silenciosa e pensativa.
          Depois de contemplar fixamente o seu bebê durante algum tempo, ela simplesmente virou as costas e foi embora, sem dizer uma palavra.
          Nunca mais voltou àquela casa.
Imagem: http://inloveheart.wordpress.com

2 comentários:

César Gatto disse...

Afinal, ela levou o bebê embora ou o deixou com a família?

Zulmira Carvalheiro disse...

César, ela deixou o bebê com a família. ='(