Então um dia ela voltou àquele lugar onde fora tão feliz.
Sabia de antemão que tudo estaria mudado, que a época da felicidade havia sido outra, mas o lugar era aquele. Olhou em volta e compreendeu que não podia esperar nenhuma mágica. Que não tinha entrado em uma máquina do tempo. Mas o lugar era aquele, sim. Encostando a mão nas paredes, parecia sentir uma vibração. “Aqui existe alguma coisa que tem a ver comigo. Eu deixei um pouco da minha energia neste lugar. Os momentos felizes e as pessoas queridas estiveram aqui. Alguma coisa ficou de tudo isso.” Ficou? Será que ficou mesmo? Depois de uma certa hesitação, ela foi embora. O lugar era aquele, mas o tempo não era. Não adiantava permanecer ali. Fantasma de felicidade não é felicidade. A inteireza das coisas depende de todas as suas dimensões. Uma delas estava faltando, e faltaria para sempre. Passou. Não volta mais. Morreu. Adeus. |
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