Um dia apareceu na agência um rapaz que tinha ido tratar de assuntos da empresa onde trabalhava, e conversa vai, conversa vem, ele perguntou se aquele emprego era bom. Devo ter respondido que não era lá essas coisas. Então ele disse que a firma dele, uma editora de revistas em quadrinhos, estava aumentando o quadro de funcionários e possivelmente haveria alguma coisa para mim. Por que eu não passava lá no dia seguinte pra ver isso? Melhor no fim do expediente, quando não há tanta correria...
Achei ótima a sugestão e prometi aparecer. Pensei lá com os meus botões que, se eles estavam em fase de expansão, podiam contratar também o meu irmão, naquele momento à procura de emprego.
No dia seguinte, na hora combinada, apareci na editora com o meu irmão. Não entendi a cara de má vontade do rapaz. Não era ele que tinha me convidado, afinal de contas?
Acabamos conversando muito pouco porque ele parecia estar com pressa de ir embora com um colega de trabalho (que estava achando graça não sei do quê).
Emprego? Nem fiquei sabendo onde era o departamento pessoal.
Não entendi aquela mudança de atitude. No final, talvez para nos compensar pela falta de atenção, ganhamos uma porção de revistinhas...
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